Amamos comer, e comer bem. Comemos com a boca, com os olhos e comemos também com o nariz...

O prazer da boa mesa, associado à arte e à música, pode se tornar então uma combinação perfeita...

Parafraseando Mário Quintana, grande poeta gaúcho, eu diria: " Desconfie dos que não gostam de comer, esses não tem vida interior, não tem sentimentos: a comida, a arte e música são alimentos do corpo e da alma."

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Beleza no cotidiano

Panela de pressão no fogo
A semana começa anunciada.
O alho na frigideira perfuma.
Perto do meio-dia a água escorre fria.
Lava a alface na bacia.
Tomate e cebola cortados em cubos aguardam sua vez.
O arroz já aparece, ninguém esquece.
O movimento na cozinha é intenso
O menino entra correndo.
Curioso e enfeitiçado.
Sente o cheiro do bife acebolado.
Tudo parece uma sinfonia.
Isso acontece todos os dias.
O pequeno espetáculo do cozinheiro anônimo.
A beleza que mora na simplicidade.
Que está escondida em algum canto da cidade.

(Fabiana Leivas)



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A poetisa e o cozinheiro

Vase, Bottle and Fruit - Henri Matisse (1906)

Um história de amor entre panelas e palavras.
Canetas, garfos, papéis e facas.
No guardanapo, ela escrevia.
Seus versos, ele comia.
Ela o enfeitiçava com rima.
Ele, com a gastronomia.
Entre aromas e cores, versos e livros se perdiam.
Mas depois do amor a inspiração sempre vinha.
E lá ía ele: rimar tomate com alecrim e sálvia com cebola.
Ela cozinhava palavras cruas que saltavam no papel.
A mistura das letras sem receita nem sempre dava certo.
A comida feita com paixão, às vezes esfriava
Mas a criatividade os unia.
Brincavam, poeta e cozinheiro, o tempo inteiro.